Moedas Virtuais
Embora o Bitcoin seja a moeda digital mais conhecida – as duas palavras muitas vezes tidas como sinônimos – existe uma variedade de outros tipos, com características distintas. Conheça as principais criptomoedas disponíveis no mercado:
Criptomoeda:
Genericamente, uma criptomoeda é um tipo de dinheiro – como outras moedas com as quais convivemos cotidianamente – com a diferença de ser totalmente digital.
Para explicar que sim, Fernando Ulrich, autor do livro Bitcoin: A moeda na era digital, faz uma analogia bem simples: “O que o e-mail fez com a informação, o Bitcoin fará com o dinheiro”.
Algo semelhante acontecerá com as moedas virtuais no futuro.
“Com o Bitcoin você pode transferir fundos de A para B em qualquer parte do mundo sem jamais precisar confiar em um terceiro para essa simples tarefa”, explica Ulrich no livro.
Segundo o site Bitcoin.org, mantido pela comunidade ligada ao Bitcoin, as criptomoedas foram descritas pela primeira vez em 1998 por Wei Dai, que sugeriu usar a criptografia para controlar a emissão e as transações realizadas com um novo tipo de dinheiro.
Qual a utilização
As criptomoedas podem ser usadas com as mesmas finalidades do dinheiro físico em si.
As três principais funções são servir como meio de troca, facilitando as transações comerciais;
reserva de valor, para a preservação do poder de compra no futuro;
O que é a mineração?
Para entender o que é mineração, é preciso saber que as moedas digitais – como o Bitcoin – representam um código complexo que não pode ser alterado. As transações realizadas com elas são protegidas por criptografia.
Como não há uma autoridade central que acompanhe essas transações, elas precisam ser registradas e validadas uma a uma por um grupo de pessoas, que usam seus computadores para gravá-las no chamado blockchain.
Segundo Ulrich, trata-se de um banco de dados público onde consta o histórico de todas as operações realizadas com cada unidade de Bitcoin (outras moedas digitais se baseiam nessa mesma tecnologia).
Cada nova transação – uma transferência entre duas pessoas, por exemplo – é verificada contra o blockchain, para assegurar que os mesmos Bitcoins não tenham sido previamente usados por outra pessoa.
Eles oferecem a capacidade de processamento dos seus computadores para realizar esses registros e conferir as operações feitas com as moedas – em troca disso, são remunerados com novas unidades delas.
Bitcoins são criados conforme os milhares de computadores que formam essa rede conseguem resolver problemas matemáticos complexos que verificam a validade das transações incluídas no blockchain.
Em outras palavras, a mineração representa a criação de novas unidades de alguns tipos de moedas digitais.
Se mais computadores passam a ser usados para aumentar a capacidade de processamento voltada à mineração, os problemas matemáticos que precisam ser resolvidos se tornam mais difíceis.
variação de preço
Normalmente os valores das moedas virtuais varia como a oferta e a demanda. O valor da moeda geralmente aumenta devido a grande procura dos investidores, oque aumenta o valor da compra, e os preços tendem a subir.
“Há somente um número limitado de bitcoins em circulação e novos Bitcoins são criados em uma taxa previsível e decrescente, o que significa que a demanda deva seguir este nível para manter seu preço estável”, explica o site Bitcoin.org.Por ser um mercado ainda pequeno, poucas operações com criptomoedas são capazes de causar um impacto relevante nas cotações.
Principais criptomoedas
Bitcoin
Foi desenhado em 2008, em meio à crise financeira global iniciada no mercado americano de hipotecas, com o objetivo de substituir o dinheiro de papel, além de eliminar a necessidade da presença de bancos para intermediar operações financeiras.Segundo o site Bitcoin.org, a primeira especificação do Bitcoin e prova de conceito foram publicados em um artigo assinado por Satoshi Nakamoto, pseudônimo de um programador (ou grupo de programadores) até hoje não identificado.
No artigo, Nakamoto acredita que havera no máximo 21 milhões de bitcoin.
Bitcoin Cash
Ela foi desenvolvida numa tentativa de aperfeiçoar a primeira moeda, que conta com taxas consideradas elevadas e demanda um tempo grande de processamento de cada operação.
principal diferença é que o Bitcoin Cash possui um limite de tamanho de bloco de 8 MB, bem maior que o de 1 MB do Bitcoin original.
Com isso, as confirmações das transações podem acontecer de maneira mais rápida e também com taxas mais baixas.
As regras de funcionamento são semelhantes às do ativo original, também com um limite de 21 milhões de moedas.
Ethereum
Em 2016, no entanto, um hacker encontrou uma falha no sistema e, a partir dela, conseguiu roubar o equivalente a US$ 50 milhões em Ether.
Diante de dúvidas sobre o que seria do futuro da moeda, a comunidade que a mantinha optou por criar uma nova rede.O Ether original – alvo do roubo – passou a ser chamado de Ethereum Classic e a moeda que começou a circular na nova rede ganhou o nome de Ethereum.
A ideia era que se tornasse um ativo para recompensar os desenvolvedores pelo uso da plataforma Ethereum em seus projetos.
Trata-se de uma plataforma descentralizada utilizada para executar “contratos inteligentes”, que são operações realizadas automaticamente quando certas condições são cumpridas.
O blockchain também é a base para a validação das transações com Ethereum, para garantir a segurança e ainda evitar fraudes.
Assim como no caso do Bitcoin, a criação de novas moedas também se baseia no processo de mineração.
Tether
Ao contrário do Bitcoin e outras moedas digitais, o Tether (USDT), lançado em 2014 por uma empresa de mesmo nome, é uma stablecoin, porque tem lastro em uma moeda física.
Desde que a criptomoeda foi criada, no entanto, especialistas questionam a paridade, já que a empresa não oferecia transparência sobre como fazia para segui-la.
Segundo a empresa, 100% deles são garantidos, mas não apenas por moeda tradicional, como também por equivalentes de caixa e outros ativos ou recebíveis de empréstimos feitos pela Tether a terceiros.
A característica do Tether é ser uma moeda estável que representa moedas físicas no mundo digital.
Assim, investidores se protegem das variações de preço de outros ativos e evitam o risco de ter perdas significativas durante essas operações.
O Tether é predominantemente negociado na Bitfinex, uma grande bolsa de criptomoedas, que tem acionistas e executivos em comum com a Tether (a empresa controladora da moeda).
Já houve, por exemplo, uma acusação da Procuradoria Geral de Nova York de que a Bitfinex teria usado reservas do Tether para cobrir um rombo de US$ 850 milhões nas suas contas a partir de 2018.
Ripple
O Ripple (XRP) é um protocolo de pagamento distribuído criado em 2011, e a moeda desse sistema é a XRP.
Uma característica da plataforma Ripple é suportar na sua rede outros tokens representando moedas tradicionais e até outros bens.
Idealizado pelo desenvolvedor Ryan Fugger, o empresário Chris Larsen e o programador Jed McCaleb, o Ripple foi criado em 2012.
Em certa medida, o funcionamento Ripple se assemelha em algum grau ao dos bancos, por aceitar vários ativos e facilitar a realização das transações.
Justamente por isso, o Ripple vai na contramão do discurso sobre as moedas digitais em geral, que têm como ideal a não dependência do sistema financeiro tradicional para realizar operações.
Litecoin
O Litecoin (LTC) foi criado em 2011 por um ex-funcionário do Google chamado Charlie Lee e tem muitas características semelhantes ao Bitcoin.
A principal diferença está no processo de mineração, que busca reduzir o tempo necessário para confirmar transações feitas com a moeda.
Por conta do processamento mais rápido de transações, o Litecoin é considerado uma alternativa melhor para a realização de operações no dia a dia.
O Litecoin foi projetado para produzir mais unidades, com um limite de 84 milhões de moedas, contra 21 milhões do Bitcoin.
Investir em criptomoedas: vantagens e riscos
Criptomoedas são ativos recentes e com uma lógica bastante sofisticada de funcionamento.
As moedas digitais têm algumas vantagens sobre moedas físicas e outros meios de pagamentos.
Volatilidade: Isso acontece exatamente porque, aos poucos, as criptomoedas estão ganhando visibilidade, o que atrai muitos novos usuários e acaba sobrevalorizando o ativo.
“Esses ajustes se assemelham a bolhas especulativas tradicionais: coberturas da imprensa otimistas em demasia provocam ondas de investidores novatos a pressionar para cima o preço do Bitcoin.
Alguns analistas se mostram céticos a esse comportamento, enquanto outros acreditam que o amadurecimento do mercado e do sistema tendem a reduzir a volatilidade ao longo do tempo.
Segurança: Embora o Bitcoin.org reforce a segurança como um aspecto positivo da moeda digital, Ulrich ressalta que se os usuários não forem cuidados correm o risco de “apagar” ou perder seus Bitcoins.
Ulrich explica que as carteiras de moedas digitais podem ser protegidas por criptografia, mas que cabe ao usuário ativá-la.
Da mesma forma, as casas de câmbio de moedas digitais precisam se proteger da ação de hackers – notícias sobre roubos acontecem eventualmente.
Grau de aceitação: são poucos os estabelecimentos que aceitam essa forma de pagamento, conforme informa o site Bitcoin.org.
Transparente: Todas as informações sobre a oferta de unidades de Bitcoin ficam disponíveis na blockchain para qualquer pessoa.
Ninguém, nem nenhuma organização, pode controlar ou manipular o protocolo da moeda digital porque ele é criptografado.
Liberdade de pagamento: o bitcoin permite que a pessoa envia ou receba de qualquer lugar do mundo imediatamente.
Taxas baixas:Para o comércio em geral, existem serviços baseados em Bitcoins em que o processamento das vendas e a transferência dos valores são realizados diariamente e com custos menores do que os dos métodos tradicionais, como PayPal ou redes de cartão de crédito.
Como investir em criptomoedas
É possível comprar cotas de fundos de criptomoedas, negociá-las diretamente em uma corretora especializada (também conhecida como exchange), aceitando as moedas digitais como pagamento em algum negócio ou ainda minerando.Em 2018, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permitiu que os fundos brasileiros fizessem investimentos indiretos em criptomoedas no exterior – comprando derivativos ou cotas de outros fundos, por exemplo.
Essas carteiras são distribuídas por corretoras e plataformas de investimento e alguns demandam aplicações de valor relativamente baixo (de R$ 5.000 ou até menos).
Os fundos podem ser uma boa alternativa para quem quer se expor ao mercado de criptomoedas, mas não se sente seguro para fazer isso sozinho, já que quem decide e acompanha as aplicações é um gestor especializado.
Outra forma relativamente simples de investir em Bitcoins e outras criptomoedas é por meio de uma corretora especializada.
Existem algumas casas no Brasil, chamadas de exchanges, que oferecem esse tipo de serviço.
primeiro passo é abrir uma conta na exchange, preenchendo um cadastro com dados pessoais.
Algumas corretoras adotam mecanismos extras de proteção, além das usuais senhas, como tokens.
Se for o caso da Exchange que você tiver escolhido, será preciso fazer as devidas ativações.
Sempre antes de investir entenda oque é investimento http://sobreinvestir.com/o-que-e-investimento-financeiro-entenda-os-principios/ acesse o link e entenda oque é e por onde começar.
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